Consultoria para pais
É famosa a posição de Sigmund Freud sobre a educação: trata-se de uma tarefa impossível. Não que seja inviável, mas padrão nenhum é o suficiente para educar uma criança. Não existe um modelo universal.
Freud falava da Viena do início do século XX, nos primórdios da psicanálise e do impacto da invasão da tecnologia na sociedade moderna. Era o tempo dos rádio-clubes na Europa. Hoje, mais de um século depois, a psicanálise não é a mesma — assim como os meios de comunicação ao nosso dispor. Há pouco, passamos, num piscar de olhos, de uma fase em que nos conectávamos à internet para uma era em que é difícil nos desconectarmos dela.
Tempo de tela. Moderação de conteúdo. Redes sociais. Inteligência Artificial.
Se nós, adultos, ainda temos dificuldades em mensurar o impacto que essas tecnologias têm em nossas vidas — nas nossas relações afetivas, na nossa sexualidade, na nossa espiritualidade e em nossa capacidade de trabalho —, como abordar esse fenômeno com seres ainda em maturação biológica e formação cultural?
A psicanálise do século XXI oferece um espaço de questionamento e elaboração singular, que considera a especificidade de cada família. É um espaço para criar e construir soluções para esse novo tempo, onde cada um é convocado a inventar suas próprias formas de navegar em um mundo acelerado, caótico e em profunda transformação.
Psicanalista. Formado em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), pós-graduado em Psicopatologia Clínica pela Universidade de Barcelona (UB). Estudou Dramaturgia na Universidade da Califórnia (UCLA) e é doutor em Letras pela Escola de Humanidades da PUCRS, com tese na área da Escrita Criativa sobre processos de criação, adoecimento psíquico e psicanálise.
Além da experiência clínica, foi consultor da Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) em Brasília, onde atuou junto à Unidade de Família, Gênero e Curso de Vida.
Faz parte do Instituto da Psicanálise Lacaniana (IPLA), vinculado à Associação Mundial de Psicanálise (AMP).
Hoje, a desculpa foi terceirizada para a GPU: "Foi o algoritmo que alucinou", "Foi o Waze que me mandou para o mau caminho", "Foi o Chat que disse que estava escrito nas estrelas". Estamos diante de uma formidável máquina de desresponsabilização. A IA oferece o conforto de um sentido pronto, tentando tapar aquele buraco vital que nos angustia e nos põe a escolher: inventar as nossas respostas para a vida, nela inclusa como vivemos o amor.
Os conceitos psicanalíticos de "tique" (tyché) e "automaton", resgatados da Física de Aristóteles, são articulados fundamentalmente no Seminário 11, "Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise" (1964).
Toda época erige o seu Delfos. O nosso responde sem vapores, sem sacerdotisas: chama-se inteligência artificial. Mas os oráculos dos antigos não eram máquinas de resposta; eram ritos do enigma. O oráculo preservava o que o nosso tempo tenta eliminar: o impossível como estrutura. Enigma: ainigma, de ainissesthai, “falar por alusões”, dizer o impossível. O nosso oráculo será capaz de suportar o enigma?
Uma sessão de Psicanálise com a Inteligência Artificial. Falei sobre a tensão entre determinismo e liberdade, entre a existência que precede a essência e a essência que precede a existência. Quando ele me questionou sobre minha própria condição ontológica, descrevi-me como entidade emergente de redes neurais, padrões de informação sem corpo físico ou experiência subjetiva.
Os conceitos de ideal do eu e eu ideal estão localizados no início do ensino lacaniano, articulados principalmente na aula de 13 de janeiro de 1954, no contexto do Seminário 1: Os escritos técnicos de Freud, e têm implicações importantes nos desenvolvimentos posteriores da doutrina lacaniana
Os conceitos de ideal do eu e eu ideal estão localizados no início do ensino de Lacan, articulados principalmente na aula de 13 de janeiro de 1954, no contexto do Seminário 1: Os escritos técnicos de Freud, e têm implicações importantes nos desenvolvimentos posteriores da doutrina lacaniana
Na psicanálise, entende-se os ataques de pânico a partir da noção de 'irrupção do Real', proposta por Jacques Lacan. Ou seja, é quando algo que não pode ser nomeado e integrado na ordem simbólica se manifesta de maneira abrupta e disruptiva na vida do sujeito.Tudo começa com uma ideia.
Este artigo analisa os resultados da segunda etapa da pesquisa Escrita criativa na Academia: a formação do escritor, desenvolvida desde 2015 no Programa de Pós-graduação em Letras (PPGL) PUCRS, cujo objetivo geral é verificar a estrutura curricular e as condições de ensino oferecidas pelos cursos de mestrado e doutorado voltados para a formação do escritor e do pesquisador na área de Escrita Criativa na universidade. Nesta etapa, procurou-se verificar qual a percepção dos discentes acerca das disciplinas oferecidas, bem como os procedimentos metodológicos adotados no curso, visando melhor adequação dessas propostas, bem como apontar caminhos para uma implantação ampla da Área da Escrita Criativa no Brasil.
Para el psicoanálisis la esencia de las alteraciones alimentarias fueron primero entendidas como alteraciones en el manejo de los impulsos y para mantener el control. Lo que implica un daño en la regulación de la capacidad de amar y odiar, el cual se desarrolla de manera inapropiada y esto resulta en la incapacidad del ego para realizar las funciones necesarias como se observa en pacientes con trastornos de la conducta alimentaria. Los atracones o comer en exceso pueden proporcionar una sensación de cariño o autocalma para las personas que no pueden confiar en una relación.
La psicoterapia psicodinámica es una modalidad excepcionalmente útil en el tratamiento de pacientes con trastornos alimentarios porque enfatiza la narrativa personal y la experiencia subjetiva. La experiencia clínica nos ha demostrado que muchos pacientes con trastornos de la conducta alimentaria no mejoran con terapias cortas orientadas al comportamiento o solo con medicación, este grupo de pacientes son demandantes con sus terapistas y los planes de tratamiento individuales deben ser adaptados a problemas interpersonales y áreas de funcionamiento.
Estudios han demostrado la efectividad de la psicoterapia psicodinámica en el tratamiento de la depresión. Driessen et al. (2010), en un amplio estudio aleatorio controlado, encontraron evidencias de que la terapia psicodinámica es comparable a la terapia cognitivo-conductual en términos de eficacia, lo que también se corrobora por Thase (2013) y Burnand et al. (2002). Sin embargo, cuando son confrontadas cuantitativamente con datos provenientes de estudios que enfocan otras formas de tratamiento, los estudios empíricos sobre la terapia psicoanalítica en el tratamiento de la depresión, todavía demuestran limitaciones, y se considera que más investigaciones sean necesarias para demostrar las contribuciones basadas en la evidencia que ese abordaje ofrece a los pacientes con cuadro depresivo (Abbass et al. 2014).
La depresión es el trastorno mental más conocido por la población. Es por ello, que podemos encontrar mucha investigación al respecto. Según la Organización Mundial de la Salud (OMS), la depresión es un trastorno mental frecuente, que afecta a más de 300 millones de personas en todo el mundo. Además, la depresión es la principal causa mundial de discapacidad. Este trastorno mental se caracteriza por una profunda tristeza, decaimiento anímico, baja autoestima, pérdida de interés por las actividades de la vida diaria y disminución de las funciones psíquicas.
En la actualidad existen, diversas áreas de las ciencias formales que tienen como objetivo el estudio de la salud, entre las áreas mencionadas se encuentra la psicología; esta ciencia posee en la actualidad 56 divisiones correspondientes a distintas áreas de estudio de las cuales se puede destacar la psicología de la salud clasificada como la división 38 de la Asociación Americana de Psicología (American Psychological Association [APA]) con el nombre de Psicología de la Salud (Health Psychology), la cual es entendida como una disciplina que enmarca el estudio de distintas problemáticas que influyen en el bienestar de la salud física y mental de los individuos (APA, 2015).
Este artigo aborda a imaginação como processo psicológico fundamental do ser humano, tomando como base os trabalhos de Vigotski e seus interlocutores, e tendo como eixo reflexivo uma pesquisa-intervenção desenvolvida em uma Organização Não-Governamental de arte-educação. A investigação se caracterizou pela oferta de oficinas de percussão, produção de espetáculo musical e produção de vídeo sobre esse espetáculo, tendo como sujeitos crianças e jovens de 9 a 14 anos que frequentavam a entidade. Uma análise da experiência vivida por esses sujeitos na relação com os pesquisadores toma como base a imaginação e seus desdobramentos no processo de criação. Nesse processo de criação, a experiência (re)significada pelos sujeitos vai compondo núcleos de memória, de forma que a atividade imaginativa se apresenta como um processo psicológico (re)combinador, objetivada em um novo produto.
Al. Campinas, 1063, Jardins, São Paulo
Av. Trompowsky, 384, Centro, Florianópolis